quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Energia eólica no Brasil


ENERGIA NA NOVA ERA 29/11/2009


Energia eólica no Brasil: importância, 


vantagens e entraves


Custo eólico brasileiro é ainda superior ao de outros países. Porém, adoção de políticas adequadas criará condições de desenvolver o setor e torná-la competitiva em curto prazo.
Os investimentos em energia eólica a nível mundial tem sido bastante expressivos nos últimos anos, totalizando uma potência instalada da ordem de 120 GW ao fim de 2008. Estes investimentos se devem basicamente a necessidades relativas em segurança energética e mitigação de alterações climáticas. Portanto, não se aplicam ao caso brasileiro que possui uma matriz elétrica predominantemente hídrica que garante a oferta de energia “limpa” e a preços competitivas, além de existir um leque de opções de insumos energéticos a serem utilizados na expansão da matriz brasileira.
No entanto, existe um motivo não menos importante que torna a inserção da energia eólica na matriz brasileira em uma escala condizente com o seu potencial de grande relevância para a segurança do sistema elétrico brasileiro: sua complementariedade com o parque hídrico. Este caráter complementar entre os ventos e o regime de chuvas se torna muito importante diante a perspectiva do setor elétrico brasileiro ter a capacidade de regularização da oferta de energia hidroelétrica ao longo de todo ano reduzida pela impossibilidade de construção de novos grandes reservatórios. Logo, haverá crescente necessidade de geração complementar operando na base e a energia eólica é perfeitamente adequada a este objetivo, contribuindo para a garantia do sistema elétrico brasileiro.
O custo da energia eólica no Brasil ainda se encontra em um patamar superior ao praticado em outros países, devido à restrita oferta de turbinas eólicas, além da precária infra-estrutura brasileira que encarece projetos nos mais diferentes setores da economia. Em contra-partida, a energia eólica impõe custos aos sistemas elétricos que no Brasil tende a ser menores que os custos verificados em outros países. Explica-se: os melhores sítios eólicos costumam se localizar distantes dos centros de carga, o que exige a construção de grandes linhas de transmissão. Ao mesmo tempo, o caráter intermitente da energia eólica requer que o sistema opere com capacidade de geração ociosa. A robustez do sistema de transmissão brasileiro, associado à predominância hídrica do sistema que exige que a capacidade instalada seja consideravelmente superior a demanda de ponta do sistema, criam condições propícias para a inserção da energia eólica. Portanto, com a adoção de uma política de promoção bem fundamentada, a energia eólica tem condições de se tornar competitiva em um horizonte de tempo inferior aquele requerido em outros países.
É de fundamental importância que se estabeleça uma política de longo prazo para a energia eólica, com sinalização de que o programa de contratação será contínuo. Isso criará condições necessárias para o desenvolvimento da indústria de turbinas eólicas no Brasil. Associado a despesas com pesquisa e desenvolvimento, permitirá ao país acompanhar inovações que ocorrem nesta indústria, cuja tecnologia ainda não se apresenta madura.
O leilão de energia eólica a ser realizado no próximo mês terá a importante função de sinalizar que o custo da energia eólica, embora ainda superior aos de fontes convencionais, pode se tornar competitivo desde que delineada uma política bem estruturada e de longo prazo. Contribuem para esta perspectiva o sólido padrão de financiamento do setor elétrico brasileiro, baseado essencialmente no BNDES que oferece condições propícias a investimentos em empreendimentos eólicos, sobretudo quando se trata de projetos organizados sob a forma de sociedades de propósito específico passíveis de obterem financiamento na modalidade Project Finance.
Entretanto, entraves relativos à esfera ambiental dificultam o desenvolvimento da energia eólica devido às incertezas que colocam sob o projeto. Impactos sobre o uso da terra, paisagísticos, sobre a taxa de mortalidade dos pássaros, já foram minimizados no mundo e alguns como este último carecem de sustentação empírica. O grande problema brasileiro é a morosidade do licenciamento ambiental que se baseia em legislações desatualizadas.
Por fim, é importante se considerar aspectos relativos à tributação da energia eólica e à utilização de mecanismos fiscais como instrumento de promovê-la. A complexa estrutura tributária brasileira faz com que desonerações tributárias ao longo da cadeia produtiva não cheguem ao consumidor final. Isto ocorre graças à desoneração da cadeia produtiva, enquanto se anula o crédito tributário da ponta da demanda. Logo, o benefício se torna nulo. Portanto, é preciso definir de antemão se o objetivo é a promoção da indústria ou a modicidade tarifária.
Devido à reduzida participação da energia eólica na matriz brasileira e, por conseguinte, seu reduzido impacto tarifário e necessidade de promover esta indústria, é plausível admitir uma desoneração tributária que não represente menor custo para o consumidor. Esta opção tem a vantagem de ser mais viável politicamente, graças à forte resistência do Estado em reduzir tributos sobre o consumo final de energia. Afinal, por se tratar de um bem de caráter inelástico em relação a variações no preço, representa uma receita tributária garantida aos cofres públicos.
Este artigo foi escrito em co-autoria com Guilherme de Azevedo Dantas (Pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico – Instituto de Economia – UFRJ)

Energia eólica

Fonte: http://www.sunnet.com.br/home/Noticias/Beneficios-da-energia-eolica.html

Escrito por Herbert   
Por ser considerada como a fonte mais limpa do planeta, obtida através do deslocamento de ar, a energia eólica pode ser uma das chaves da solução da crise de produção e abastecimento energético vivido pelo planeta.
Com todos os problemas acarretados pela larga utilização de combustíveis fosseis, a implantação de sistemas de captação de energia eólica é um dos fatores determinantes para a independência do mundo sobre as fontes de energia não-renováveis. Por ser uma fonte renovável e limpa, é uma inteligente forma da população se proteger contra os malefícios da queima de combustíveis, contribuindo para o saudável desenvolvimento da vida no planeta terra.
Pesquisas apontam que a energia eólica poderia ser de fato utilizada para abastecer o mundo hoje e no futuro. No Brasil, o Estado do Ceará assume a dianteira na produção deste tipo de energia, sendo pioneiro nos programas de dados de vento no país, que tem potencialidade para produzir energia a custos equivalentes ao das termoelétricas, nucleares e hidroelétricas.
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A desertificação e o desenvolvimento sustentável

Desertificação

Desertificação é o fenômeno de transformação de terras com potencial produtivo em terras inférteis. Esse fenômeno ocorre em regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco, destruindo cerca de 60mil km² de terras por ano no mundo todo.

A desertificação começou a ser estudada durante os anos 30, quando uma série de tempestades de areia varreu o meio oeste dos EUA, passando pelos estados de Oklahoma, Kansas, Novo México e Colorado e cobrindo cidades inteiras. O desastre, que apelidou a região de “Dust Bowl” (“Prato de poeira”), forçou a migração de milhares de pessoas para outros estados, trazendo, também, problemas sócio-econômicos como o desemprego e a pressão sobre a infra-estrutura das cidades. Aliás, este é um dos vários problemas causados pelo processo de desertificação.

As perdas econômicas anuais devido ao processo de desertificação chegam a 4 bilhões de dólares no mundo todo e 100 milhões de dólares só no Brasil. O problema se agrava ainda mais pelo fato de a maior parte das regiões atingidas pelo processo de desertificação ser de regiões pobres em países subdesenvolvidos, como por exemplo, a África onde em meados da década de 70, 500 mil pessoas morreram de fome na região conhecida como Sahel devido a processos de desertificação. (fonte: Instituto Interamericano de

Mais tarde, a Eco 92 (a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente), traçaria como objetivo principal das nações o Desenvolvimento Sustentável do Planeta, bem como a elaboração de uma Convenção para o Combate a Desertificação. Nessa Convenção foram elaborados estudos sobre os principais problemas decorrentes da desertificação a suas causas.
Dentre as causas listadas pela Convenção encontra-se o uso intensivo e inadequado do solo em regiões de ecossistemas frágeis com baixa capacidade de recuperação resultando na salinização de solos pela irrigação mal planejada. O sobre-pastoreio, o desmatamento, o esgotamento do solo e dos recursos hídricos e o manejo inadequado na agropecuária são outros fatores que agravam o problema.
Além de tornar a região vulnerável à seca causando prejuízos diretos na agricultura e pecuária com perdas sensíveis para a economia dos locais atingidos, a desertificação causa perda da biodiversidade, perda dos solos por erosão e diminuição dos recursos hídricos levando ao abandono das terras pela população, que migra para as cidades gerando outro problema: o aumento dos problemas ambientais e sócio-econômicos urbanos.
No Brasil algumas regiões apresentam características geoclimáticas e ecológicas que favoreceram a aceleração do processo totalizando uma área de 18,7 mil km² de áreas chamadas de núcleos de desertificação em cidades do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Outras regiões atingidas pelo processo de desertificação no Brasil são as regiões do Semi-árido, da Bahia, Sergipe, Paraíba, Amazônia, Rondônia, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Entretanto, atualmente, as regiões que apresentam maiores estágios de desertificação encontram-se na China. O país que costumava apresentar uma média de 6 tempestades de areia por ano, registrou 8 tempestades até abril de 2006, prejudicando seriamente sua capacidade produtiva. O que não significa prejuízo apenas para a China, mas para a economia do mundo inteiro.
Iniciativas
Felizmente iniciativas vêm sendo tomadas. A Agenda 21 (Documento da Eco 92 que estipula ações para o desenvolvimento sustentável) prevê a criação de políticas e ações efetivas dos 181 países que a ratificaram na tentativa de deter o processo de desertificação. O Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca na América do Sul vem funcionando com o apoio do Fundo Especial de Governo do Japão, do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) através de Programas de Ação Nacional (PAN) que visam combater a desertificação com ações para recuperar áreas degradadas e iniciativas educativas para evitar que mais áreas sejam utilizadas inadequadamente.
Contudo, podemos concluir que a recuperação de uma área em processo de desertificação é muito complexa devido à necessidade de se controlar o avanço da degradação e combater o uso irracional do solo através de medidas educativas que irão prevenir que mais áreas sejam transformadas em desertos.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Répteis - 2ºEM



Características gerais
  • Têm pele seca e rica em queratina, característica que contribui para a adaptação à vida terrestre em lugares secos, pois protege o animal contra a desidratação. A pele é destituída de glândulas, podendo apresentar escamas(exemplo: cobra), placas dérmicas(exemplo: jacaré) e carapaças(exemplo: tartaruga).
  • São pecilotérmicos(temperatura do corpo varia de acordo com as oscilações térmicas do ambiente), com respiração exclusivamente pulmonar.
  • O coração apresenta dois átrios e dois ventrículos, incompletamente separados. Nos répteis crocodilianos, os ventrículos acham-se totalmente separados; mas, mesmo assim, o sangue venoso e o arterial se misturam através de um orifício denominado forame de Panizza.
  • A circulação sanguínea é fechada, dupla e incompleta. O sangue contém hemácias nucleadas e elípticas.
  • Os sexos são geralmente separados. A fecundação — independente da água – é interna, permitindo que os gametas fiquem protegidos das influências do meio externo. O desenvolvimento é direto.
  • São animais geralmente ovíparos: as fêmeas fecundadas põem ovos e os embriões se desenvolvem dentro dele e fora do corpo materno. Os ovos possuem casca grossa, o que constitui mais uma adaptação à vida terrestre, uma vez que protegem os embriões contra a desidratação.
  • São os primeiros animais dotados de âmnio, um anexo embrionário que delimita no ovo uma cavidade cheia de líquido onde o embrião se desenvolve e fica protegido contra desidratação e choques mecânicos.
  • São também os primeiros animais dotados de alantóide, outro anexo embrionário, que armazena excretas e participa das trocas gasosas entre o embrião e o meio externo.
  • Possuem órgãos respiratórios internos (respiração pulmonar), fato que também contribui com a proteção contra a desidratação.O principal excreta nitrogenado é o ácido úrico, substância pouco solúvel e de baixa toxicidade. O ácido úrico pode permanecer no corpo do animal por um tempo maior do que, por exemplo, a uréia e é eliminado com perda mínima de água. Por isso, a presença de ácido úrico como principal excreta nitrogenado é considerada também uma adaptação à vida terrestre.
A conquista da terra firme
Os répteis constituem os primeiros vertebrados efetivamente equipados para a vida terrestre em lugares secos. As principais adaptações desses animais para a vida terrestre são:
  • Presença de pele seca e relativamente impermeável;
  • Fecundação interna e independente da água;
  • Presença de ovos com casca grossa;
  • Presença de órgãos respiratórios internos;
  • Presença de âmnio e alantóide;
  • Excretam ácido úrico;



As ordens dos répteis
Squamata (lacertílios e ofídios): São os répteis dotados de escamas. Os lacertílios – lagartos, lagartixas e camaleões – têm escamas córneas lisas. Os ofídios são as cobras, cujo corpo é revestido ou por escamas lisas ou salientes.
Os ofídios podem ser classificados de acordo com as presas que apresentam:
  • Áglifos – quando não têm presas inoculadoras de veneno; exemplos: sucuri e jiboia;
  • Proteróglifos – quando têm dentes sulcados na região anterior da boca; exemplo: coral-verdadeira;
  • Apistóglifos – quando têm dentes sulcados na região posterior da boca; exemplo:falsa-coral e cobra-cipó;
  • Solennóglifos – quando têm dentes longos, recurvados e dotados de canais internos, na região anterior da boca; exemplo: cascavel e jararaca.
Quelônios: Tartaruga, cágado e jabuti são classificados como quelônios. Apresentam o corpo encaixado uma concha oval com uma parte dorsal – denominada carapaça – e outra parte ventral – chamada plastrão.
Crocodilianos : Nesta ordem estão o jacaré e o crocodilo. São animais que apresentam o corpo revestido de uma pele grossa, com placas córneas. Vivem nas proximidades de rios e lagos e sua pele é muito procurada para a confecção de cintos, sapatos, bolsas, etc.

Atividades

1.Sabe-se que num determinado período da evolução dos animais, os répteis tiveram grande sucesso adaptativo. Esse fato pode ser evidenciado pela ocupação dos mais diversos ambientes e pelo grande número de espécies existentes na época. A que pode ser atribuído o grande sucesso dos répteis?

2.Como podem ser classificados os ofídios? Cite as classes.

3.Qual a importância do ácido úrico como principal excreta nitrogenado?

4.Como é a circulação nos répteis?

5.Quais são as três principais ordens dos répteis?